18 de abr. de 2022

Crítica da peça "13 - O Musical". Um espetáculo feito por jovens, para os jovens

Musical da Broadway para o público teen, traz adolescentes no elenco que mostram no palco que talento, algo que eles têm de sobra!

Todo adolescente sofre alguns dilemas que são próprios da idade. Quem já foi, sabe muito bem como é não ser mais criança. E quem está nessa fase, é certeza de que vive de cabelo em pé sempre que pensa no primeiro beijo, a próxima festa de aniversário, entrar no time da escola, entre várias outras preocupações que se resume em ser aceito.

É assim que vive Evan Goldman (Igor Jansen), que até então mora em Nova York e prestes a completar 13 anos, vê tudo em sua volta mudar devido a separação de seus pais. Junto com sua mãe, se muda para uma cidade no interior de Indiana, daquelas que todo mundo se conhece.

Judeu, o próximo aniversário do protagonista será o seu Bar Mitzvá, momento em que para a religião judaica, o menino passa a ser visto como homem. E por estar em uma nova cidade, está frustrado pois não poderá contar com seus amigos de infância na festa. Nisso, ele pensa em quem da nova escola ele irá convidar e de qual grupo ele deve tentar criar verdadeiros laços de amizade.

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É melhor que ele se aproxime da turma de Brett (Sam Sabbá) e os valentões? De Kendra (Gabriela Sega) e as meninas populares da escola? Ou da menina nerd Patrice (Gabi Ayumi), excluída da turma mas que o acolheu desde o primeiro momento na cidade, e seu fiel escudeiro Archie (Roberto Justino), que tem uma deficiência física e sofre de zoações diariamente?

Com um padrão bem de série e escola dos Estados Unidos, 13, O Musical, em cartaz no Teatro Liberdade, é uma grande oportunidade de levar a galerinha para o teatro, que sofre por não ter espetáculos para a faixa etária, pois já passaram da fase infantil e o teatro adulto ainda não é o que os adolescentes gostariam de assistir.

Nessa retomada do teatro, esse foi o primeiro musical que assisti e valeu muito a pena ver ao vivo a maestria de Igor Jansen, digno artista que canta, dança e atua e tudo isso com apenas 18 anos. E os demais novos talentos da dramaturgia brasileira que compõem o elenco e a banda com uma pegada rock'n roll, dão um verdadeiro show durante todo o espetáculo.

Apesar de serem todos no palco muito jovens, o talento de cada um é notável por todos que vão até o teatro. Única coisa que mudaria, é que daria mais destaque para as vozes de Ana Luiza Leal e Vinícius Spada.

A versão brasileira do musical da Broadway, traz na direção geral de Fernanda Chamma e conta com dois elencos. Os atores citados acima, fazem parte do elenco intitulado Manhattan, sessão em que estive presente. O segundo elenco é conhecido como Indiana, que traz nomes como Enzo Krieger e Sienna Belle entre os atores.