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Resenha | MARIA GARGALHADA, de Dulce Seabra e Sérgio Maciel (Cortez Editora)

Um livro que ensina as crianças a importância da alegria, mas sem zombar do outro, além do respeito aos que estão em nossa volta.



Maria Gargalhada (Cortez Editora), de Dulce Seabra e Sérgio Maciel é uma obra indicada para leitores iniciantes, visto fácil leitura, mas o que não deixa de ser um livro bem construído. Além disso, a principal temática abordada, o bullying, deve ser tratado desde cedo e o cenário principal da trama é a escola onde a protagonista estuda, local onde as crianças mais sofrem constrangimento.


A tal Maria da trama infantil, vê graça de absolutamente tudo e de todos e ri praticamente o tempo todo. Pelo nome composto da menina, é possível imaginar que a sua risada deve ser aquela bem simpática que logo cativa todos em sua volta.


"Basta um pequeno erro ou tropeção, ela logo aponta e solta uma gargalhada.

Todo mundo percebe e também cai na risada."

Pág. 10 e 11


Uma resposta errada, uma queda de um colega ou quando alguém não se sai tão bem em uma brincadeira ou prova, são motivos da menina fazer jus ao seu nome. Sabemos que isso acontece na vida real e que pode deixar rastros vivos na vida de muitas crianças, ainda mais na geração sensível das crianças de hoje.


Mas um dia, quem passa vergonha na escola é ela, e diferente da atitude que ela sempre toma, ninguém ri. Isso ela a menina a refletir sobre a situação. Muito esperta, Maria Gargalhada se coloca no lugar de tantos que já zombou sobre o que fazia com os outros.


O livro é um convite para o pequeno leitor entender como conviver bem com os amigos, o respeito e que constranger seja quem for ou por qualquer motivo, nunca é uma boa ideia. Logo, indiretamente Maria Gargalhada ensina como viver em harmonia com os demais.


Ilustrações do livro Maria Gargalhada (Cortez Editora), de Dulce Seabra e Sérgio Maciel


Os autores mostram através da gargalhada como as crianças podem sofrer por errar em algum ponto da vida, grande motivo de constrangimento para as crianças de 6 a 8 anos, público-alvo da obra.


Logo, o pequeno leitor de Maria Gargalhada será conscientizado desde cedo sobre como viver bem em sociedade e inibirá que este passe para a próxima fase do bullying, que fica um pouco mais grave na última fase da infância e pré-adolescência, onde a vítima é levada ao constrangimento, brincadeiras sem graça e a exclusão seja por indiferenças, um cabelo diferente, ao "nerd" da turma, por religião ou alguma diferença física, entre outros.


Deus queira que a obra chegue a muitas crianças seja pela prática da leitura desde cedo e pela conscientização de um tema tão sensível: a empatia. E ao entenderem o sentido de Maria Gargalhada, os leitor s não serão agressores, nem agredidos como o caso de Carlos Teixeira, estudante de 13 anos, da Praia Grande, litoral paulista, que sofreu três paradas cardiorrespiratórias, causada por agressões de colegas de escola em abril desse ano.


Abraços Literários,


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