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Resenha – UM “SANTO” SURFISTA – O servo de Deus Guido Schäffer, de RICARDO FIGUEIREDO

Mais do que uma biografia, o livro é como se fosse um passeio pela vida do jovem que escolheu viver a santidade em pleno o século XXI.



O jovem Guido Schäffer, mostrou que a santidade é possível nos dias atuais, pois mesmo antes de entrar no seminário, já vivia a radicalidade do evangelho em seu dia a dia, seja no surfe, no futebol, ou no hospital, seu local de trabalho.


Publicado pela Paulus Editora, Um “Santo” Surfista, escrito pelo Padre português Ricardo Figueiredo, o livro é algo a mais do que uma biografia e sim um itinerário de como se chegar ao céu em pleno século XXI. Mas vale deixar claro que apesar do título da obra, o jovem de Volta Redonda / RJ, ainda não foi reconhecido com o grau de santidade pela Igreja Católica, por isso a palavra foi colocada entre aspas.


Mas ao ler o livro, facilmente se chegará a conclusão de que não irá demorar muito tempo para que o surfista alcance o grau de santidade. Nos lugares onde viveu, já é conhecido como São Francisco Carioca e os que o conheceram, tem histórias de um verdadeiro cristão que vestiu a camisa para estar mais próximo de Deus a cada dia.


As primeiras páginas do livro, trazem o testemunho de sua mãe, Maria Nazareth França Schäffer, que traz palavras simples e ao mesmo tempo emocionantes, onde diz que o segredo de seu filho ser feliz é que em tudo o que fazia, colocava amor. Ela que sempre foi Católica assídua, ao mesmo tempo que ensinou, aprendeu com o Guido, que via sua ligação com Deus a partir de quatro elementos: a oração, a Palavra de Deus, a confissão e a Eucaristia.


"A oração renova a vida das pessoas: Talvez na sua casa falte alegria, paz, unidade: é porque falta oração. Na casa onde há oração contínua, não falta nada" (Texto Orai sem cessar).

pág.37


Mesmo sendo de família rica, o jovem sempre serviu aos mais necessitados, em especial moradores de rua e doentes, onde serviu na Pastoral da Saúde e foi voluntário na missão das Irmãs da Caridade, Congregação criada por Santa Teresa de Calcutá. Esse serviço ia muito além de um assistencialismo, ele olhava de forma única para cada enfermo, como disse seu amigo Rodrigo Rezende, que por vezes o acompanhou nos serviços pastorais.


Guido era um evangelizador nato e por onde passava, usava coisas do cotidiano para levar o nome de Jesus, como por exemplo o famoso programa Big Brother Brasil (BBB), que via algo que não acrescentava em nada em nossas vidas, por isso dizia que ao pedirmos uma graça, devíamos renunciar ao programa e no mesmo horário, rezarmos o terço em intenção daquilo que precisávamos.


Outro grande exemplo, foi através de uma de suas paixões, o surfe, onde conheceu a maioria de seus amigos. Via que mostrar Jesus para aqueles jovens, era sua missão.


“Será no grupo de oração, para os quais leva os seus colegas do surfe, que o nosso surfista vai aprendendo a rezar de forma mais profunda, que vai aprendendo a meditar a Palavra de Deus e a torná-la vida. O trabalho junto dos da sua idade era muito importante. [...] o surfe, oferecia uma oportunidade especial para anunciar Jesus”.

Pág. 54


Se formou em medicina e se especializou como clínico geral, pois via a possibilidade em conhecer o ser um humano como um todo e mesmo no trabalho, vivia a santidade e a luta contra o pecado. Contra os erros, criou uma receita contra o pecado e reconheceu que Deus nos deu um remédio a ser usado a longo prazo contra as tentações, sendo a Confissão e a Eucaristia.


É incrível a forma como o doutor escrevia em seus diários sobre suas conversas com o Pai e como Ele respondia em seu coração. A oração que mantinha com Deus parecia ser uma daquelas conversas que temos com nossos amigos olhos nos olhos e a partir dessas orações, Guido percebeu que precisava servir o Senhor mais de perto.


Após um tempo, teve o discernimento vocacional para a vida Sacerdotal e em uma viagem em família para Roma, durante a cerimônia de beatificação dos hoje Santos Mártires do Rio Grande do Norte Santo André de Soveral, São Francisco Ferro e companheiros, apresentou aos seus a sua vontade em entrar no seminário.


Guido Schäffer como Seminarista


Podemos dizer que Guido estava entrando no auge de sua vida, o ponto alto de sua juventude. Um belo trabalho como médico, namorava e estava com o casamento marcado, já havia recebido convites para trabalhar em outros hospitais e para ser professor.


Com apoio de Padres e Bispos, como Dom Karl Josef Romer, o surfista entrou no seminário e se destacava nos estudos e continuava a busca pela Santidade. Com seu jeito amoroso e comunicativo, encantava os fiéis das Paróquias que passou como seminarista.


Grandes companheiros, como Rodrigo Resende, Eduardo Martins (o Dudu) e seus irmãos Ângela e Maurício, dão testemunho de atos heroicos do Santo Surfista que faleceu em 2009, aos 34 anos de idade.


Muitos desses atos e o caminho que Guido fez para alcançar o Reino de Deus, devem ser conhecidos pelo mundo inteiro, mas em especial pelos brasileiros, pois seu testemunho é carregado de nossa cultura em um período em que ser inteiramente de Deus é visto como impossível, visto tantos pensamentos contrários ao Sagrado estão presentes em nosso cotidiano.


Adquira o livro UM “SANTO” SURFISTA, do Padre Ricardo Figueiredo, no site da Editora Paulus. A obra faz parte da coleção Modelos de Virtude.


Sobre o autor:

Ricardo Figueiredo nasceu em 1990, em Sintra (Portugal). Sacerdote desde 2015, exerceu seus dois primeiros anos de ministério nas paróquias de Peniche, Atouguia da Baleia e Serra d’El Rei (Portugal), onde conviveu com muitos jovens. Recentemente foi nomeado pároco das paróquias do conselho de Óbidos.


Espero que tenham gostado da dica!


Abraços Literários,


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